segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Dicas práticas de Budapeste

Me surpreendi muito com Budapeste. Só o que conhecia da cidade é que tinha uma ponte famosa e um livro escrito por Chico Buarque. Mas Budapeste esconde paisagens lindas, um passeio tranquilo e uma história carregada de dor com a perseguição dos judeus durante a ocupação nazista na Segunda Guerra.

Aqui estão algumas dicas práticas para facilitar as coisas em um país de língua tão difícil.

Chegada
Chegando no aeroporto de Budapeste - Ferihegy (24 km do centro), você pode ver se seu hotel oferece transfer. Como minhas viagens são sempre low cost, pegamos ônibus e metrô para o nosso hotel que ficava do lado Peste. Compramos o bilhete do ônibus sentido Kőbánya-Kispest, que custa 300 HUF, cerca de 1 euro, e descemos em uma estação de metrô. Pegamos o metrô em Kőbánya-Kispest (linha azul - M3). A estação de Deák Ferenc faz baldeação para as linhas amarela (M1) e vermelha (M2). Apesar dos nomes assustarem, é bem facinho andar de metrô por lá.


Transportes
O metrô de Budapeste é o segundo mais antigo do mundo, foi inaugurado 33 anos após o metrô de Londres, que é o mais antigo. São 3 linhas principais e é bem fácil de se locomover.
No geral andamos muito a pé, a cidade é relativamente pequena para a nossa disposição e você só consegue sentir a cidade caminhando. Além do metrô há opção de ônibus e bondinhos.

Os tradicionais bondinhos que circulam pela cidade
No segundo metrô mais antigo do mundo, atrás somente de Londres
Para subir até o Buda Castle, Bastião dos Pescadores e Igreja de São Mathias, pegar o Funicular (Sikló) em frente a ponte das correntes (Ponte Széchenyi) facilita muito a subida! Além disso tem uma vista linda de Peste (a outra margem do rio). O ticket custa cerca de 1000 HUF para subir (cerca de 3 euros) e 1700 HUF para subir e descer. Nós só fizemos a subida e descemos pelas escadarias (descer todo santo ajuda!)


Moeda
A Hungria não faz parte da zona do euro, sua moeda é o Forint (HUF), ou Florim em português. Em média, 300 HUF é cerca de 1 Euro. É difícil achar casas de câmbio que trabalhem com esta moeda, trocamos no próprio aeroporto de Londres, mas há casas de câmbio locais que trocam por praticamente o mesmo valor praticado nos outros países. No geral, a cidade é muito barata em relação a outros lugares da Europa, pagávamos em média 5.000 HUF por pessoa nos restaurantes, o que dava cerca de 15 libras, ou 50 reais.


Eu toda feliz achando que era um dinheirão...
Idioma
O  húngaro é uma das línguas mais difíceis que já vi, e segundo Chico Buarque, a língua que o diabo respeita. Mas não tivemos nenhuma dificuldade pois nos hotéis, restaurantes, estações de metrô e pontos turísticos, todos falam muito bem o inglês. Se precisar ir ao mercado (e vale a pena pois tudo é muito barato, queijos, vinhos, caviar, chocolates), a mímica resolve.

Hein??
Traduzindo: ao menos que você esteja com um mapa nas mãos, a placa não ajuda muito!

Onde ficar
Ficamos do lado Peste, que é o lado mais plano da cidade e maior que a parte Buda.
Optamos por ficar em Peste pois é relativamente mais barato e tem mais facilidade de caminhar e chegar nos pontos turísticos a pé. Nosso hotel foi o Royal Park (ver detalhes aqui). É exatamente como nas fotos, bem novinho, moderno e bem limpo. O café da manhã é excelente, embora com tantas opções, conseguia comer só um pãozinho, pois o café é uma refeição completa logo pela manhã, com ovos, pickles, linguiça, saladas, enfim, nada do nosso tradicional pão com manteiga / café com leite. Esta viagem compramos pela KGB Deals que já citei nesse post aqui, por 149 libras (partindo de Londres) incluindo passagem + hospedagem 3 noites com café. Então foi uma escolha deles, mas adoramos.


O que comer
Pesquisando os pratos típicos antes de conhecer Budapeste todos falavam do goulash, que nada mais é uma sopa com pedaços de carne e vegetais. É bom e bem temperado, mas nada demais comparando com tantas boas opções que a culinária local oferece. Come-se muito bem, porções bem servidas e preço relativamente baixo.

Goulash
Tartare  com queijo e ervas com sorvete de mostarda

brownie de chocolate com nozes
A conta assusta quando chega, mas ela sempre vem também com valor em Euro. Nesse dia comemos muitíssimo bem, entrada, prato principal e sobremesa, por cerca de 20 euros por pessoa.



Clima
Visitar Budapeste no inverno garante paisagens certamente bucólicas, muita neve e frio congelante. No verão, a temperatura é amena, chegando na média dos 27 graus, mas acho que perde um pouco a graça. Visitamos no Outono, quase começo de Inverno, no final de Novembro onde as temperaturas variam de 3 a 8 graus, e o resultado foi um clima deliciosamente europeu, com as árvores secas, um tempo nublado e bastante frio, eu particularmente adoro.




Quantos dias ficar
Minha viagem foi suficientemente bem aproveitada em 4 dias, na verdade 3 dias cheios de programação. O melhor jeito de conhecer a cidade é caminhando sem pressa, e ainda sobra tempo.


Que roupa levar
Varia muito dependendo da estação do ano. Conforme citei acima, o clima varia do verão ao extremo inverno. O que é muito importante e altamente recomendável, é um tênis confortável, pois o melhor jeito de conhecer a cidade é caminhando. No frio, uma bota sem salto é melhor, pois além de ser confortável vai te esquentar. Independente da estação, leve roupas de banho, pois Budapeste é conhecida por seus banhos termais, e há várias casas de banhos que ficam lotadas mesmo no inverno.




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