Coisas que você só vê em Londres

Londres é definitivamente a cidade mais descolada que já vi.
Costumo dizer que se você colocar uma melancia no pescoço e sair na rua, é bem capaz de estar na moda.
Aqui tudo pode, não existe o cafona ou "demodê", o esquisito vira cool, o estranho é normal.
Em um dos berços da moda, nada mais me assusta. Pegar o metrô e ver o style dos coreanos e japoneses mais fashion de todos os tempos é diversão. É como também passear em Camden Town, o lugar mais alternativo de Londres, com gente de todo o tipo, roqueiro, punk, geek, e as vezes um pagodeiro (Fernandinho), enfim, todo o tipo de odd people. Mas não é só no quesito moda que vejo coisas estranhas ou engraçadas, a cada dia vou guardando uma coleção de fotos que mostra como esse lugar é único!

- Casal fofo escocês:

 - Policiais de bike:

- Carro com cílios

- Crianças em coleiras: achei um absurdo a primeira vez que vi, depois vi que é muito comum aqui, pais levando seus filhos igual cachorro, não sei se gosto, mas é bem prático.

- Superpopulação de pombos: Londres é infestada de pombos, na rua você disputa espaço com pessoas, carros e ELAS, dando rasante na sua cabeça.

- Ônibus sarado: em Londres vemos vários dos ônibus tradicionais transformados em atrações a parte, confira mais neste post.

- Cachorro Fashion: este aí encontrei em Camden Town, estiloso como todos por lá,

- Carros rosa: nunca vi uma quantidade tão grande de carros a lá Penelope Charmosa quanto aqui.

- Carros ridiculamente baratos: mesmo em libras, os carros ainda são muito mais baratos do que no Brasil. Me revolta um pouco em saber que as montadoras abusam dos preços, e que os brasileiros pagam por ele, principalmente porque precisamos dos carros por não termos um transporte público eficiente. 

- Fruta exótica! Engraçado para um brasileiro ver banana como fruta exótica, não me acostumo. Só que não é a preço de banana, costuma custar bem mais carinho.

- Overdose de estampas e cores (e bota branca! aff): não é nada difícil cruzar com umas figuras como essas, cafonas tentando ser fashion, e outros tão fashion que se tornam cafonas. Mas aqui pode tudo, lembram?

- Carro ecológico e fofo: vira e mexe dou de cara com uns carros estranhos, esse aí mora na minha rua!

- Moto de três rodas

Existe os três mosqueteiros, os três porquinhos, os três patetas, mas em Londres tem os três coelhos

- E o que dizer disto? Não sei se está mais parecido com o The Flash ou com a caixa de correio ali atrás.

QUASE um pedido de casamento

Eu nunca tive um sonho assim tão grande de casar, de véu, grinalda, buquê, como manda o figurino... Tá bom vai, talvez só um pouquinho, mas nunca pensei a fundo que vestido eu usaria, onde seria a cerimônia e qual a decoração da festa. No entanto, sempre tive a expectativa de ser pedida em casamento em grande estilo!

Essa onda de pedidos de casamentos originais que bombam no Youtube, me instiga a pensar em como seria o meu próprio pedido de casamento. Queria uma coisa original, romântica, mas acima de tudo, simples. Nada de derrubar um avião em prol da união eterna (como esse doido aqui), nem se jogar de um prédio (esse aqui) , muito menos organizar um flash mob com toda a vizinhança pagando mico (como esse aqui).

Essa trip seria uma ótima oportunidade do Fernandinho usar sua criatividade não acham? Já pensou em ser pedida em casamento em um por-do-sol nas ilhas gregas, em um passeio de balão na Capadócia, nas margens do Rio Sena ou nas lindas paisagem da Itália quando fizemos aniversário de 8 anos de namoro? É minha gente, 8 anos!

Mas nunca fiz nenhuma pressão para casar (hate it) mas sempre brinquei com o Fernandinho que meu sonho era ser pedida em casamento no alto da Torre Eiffel! Bem clichê né? Mas não dá para negar que é romântico.

E... Voilà! Aqui estamos nós!
Me divertia com a cara do Fernandinho cada vez que o Mau e a Sue pressionavam ele, até minha mãe e minha irmã diziam... ah! agora vai, hein!

Em uma das nossas caminhadas pelas margens do Rio Sena, parei para olhar a Torre Eiffel e quando eu olho para a mureta, adivinhem o que eu achei??? Uma aliança!!! hahaha, só pode ser o destino!!!
Eu olhei para o Fernando, e ele caiu na risada, ficou vermelho, é intriga da oposição! Será que nem o destino deixa ele em paz coitado?

Ele pegou a aliança, como se ela estivesse ali esperando por ele, ajoelhou e colocou no meu dedo, o Maurício tirando várias fotos, as pessoas parando pra assistir. Seria perfeito se não fosse mentira!!! kkkk

Na foto abaixo, antes de encontrar a aliança.

Fernandinho já fazendo cena, what a shame!
Me pergunto que foi o bendito que esqueceu uma aliança no meio da rua! Será que é de ouro? bom, se for já dá pra derreter e fazer duas! hahaha

Olha a aliança gigante no meu dedo magrelo.

Olha minha cara de Aham! Que palhaçada! kkkkkk
Foi engraçado, guardei a aliança, vai ficar na história.

Quem sabe nas próximas viagens... vai torcendo por mim aí minha gente!

Paris a Pé - 3º dia

Enfim, o último dia em Paris!
Deixamos o Museu do Louvre para o último dia, sabendo que seria o passeio que mais tomaria nosso tempo. Como nosso trem saía a noite, fomos de manhã para o Louvre de mochila para já deixar o hotel. Grata surpresa de saber que o museu tem um maleiro free!

O museu é gigante, realmente não dá para conhecê-lo em um dia, talvez nem em alguns dias. Gosto do blog da Lina, do Conexão Paris e ela disse que frequenta regularmente o museu há 30 anos e ainda não o conhece totalmente. No próprio site ela dá dica de como programar uma primeira visita ao Louvre, vendo as principais obras como Monalisa, Vênus de Milo, Eros e Psiqué e as principais alas (antiguidades, romano, grego, egípcio, pinturas e por aí vai). Eu anotei tudo no meu caderninho e lá fomos nós andar pelos intermináveis corredores.

Muitos criticam o contraste arquitetônico entre a construção antiga e a pirâmide moderna de vidro que serve como entrada do Louvre, eu particularmente, acho que ela agregou ainda mais ao museu, fazendo que atraísse ainda mais turistas.

A estrutura principal, que abriga todas as obras, foi construída no ano de 1.190 para ser uma fortaleza contra os vikings. A partir daí, a construção medieval passou por constantes mudanças no decorrer do tempo, servindo de palácio para os imperadores seguintes, sede do governo monárquico nos tempos de Luis XIII e XIV, Academia de Belas Artes e por fim Museu desde 1793, que anteriormente era chamado de Museu Napoleão. Na época, o acervo era de pinturas confiscadas à família real e aos aristocratas que haviam da Revolução Francesa. Hoje, abriga mais 380 mil itens, sendo 35 mil em exposição permanente.

A pirâmide principal, foi construída em 1988 como projeto de renovação do museu. A Pirâmide Invertida, abaixo, foi inaugurada em 1993. Estava bem curiosa devido ao livro Código da Vinci, que a cita como parte do segredo.

De mala e cuia!

Vênus de Milo

Os aposentos de Napoleão Bonaparte, reprodução dos luxuosos cômodos de seu palácio.

Fiquei impressionada com a suntuosidade dos móveis, pinturas, pratarias, cristais, porcelanas etc.

Agora, a MONA!

Enfrentamos uma multidão para vê-la de pertinho, mas ainda assim, nem tão perto.
O Fernandinho virou um expert em Monalisa, ou melhor, La Gioconda, pois ele não aceitava que em meio a tantas obras tão maiores (sim, porque ela é minúscula) e até mais bonitas, ela destacou-se na história nessa proporção gigantesca.

Leonardo Da Vinci utilizou a técnica de sfumato, pela primeira vez, e o sombreado dá o ar enigmático do seu sorriso. Dizem que o quadro é cheio de mistérios, não se sabe se ela está séria ou sorrindo, ela tem as iniciais LV nos seus olhos, o lado esquerdo do seu corpo maior que o direito, a linha do horizonte de um lado é diferente de outro, a modelo, de identidade não sabida, poderia ser a esposa de um comerciante local ou a Duquesa de Milão. Ela também poderia estar grávida devido à típica rede usada na época na cabeça. O quadro é de 1503 e levou anos para ser finalizada. Há uma réplica da mesma época do quadro, que era de um aprendiz de Da Vinci, que a pintou exatamente igual à original.

Mas o que mais me atrai não é todo seu mistério, mas sua história. O quadro foi comprado pelo Rei da época e abrigada no Palácio de Versailles. Após a Revolução Francesa, o quadro foi exposto no Louvre. Napoleão Bonaparte se apaixonou pelo quadro e mandou colocá-la em seu próprio quarto, e após guerras com a Prússia, ela foi escondida em um lugar secreto e posteriormente recolocada no Louvre. Após 400 anos de sua pintura,  ela foi roubada por um funcionário do museu como forma de protesto. Vicenzo Peruggia era italiano e não se conformava da obra estar em posse da França.
A Monalisa foi alvo de vários ataques, em 1956, um homem jogou ácido na pintura, danificando a parte inferior, a restauração levou anos. No mesmo ano, um boliviano jogou uma pedra contra ela, danificando sua sobrancelha  Em 2009 uma russa jogou uma xícara de café como forma de protesto por não conseguir sua cidadania francesa. Dessa vez não aconteceu nada pois ela já estava protegida com um vidro a prova de bala (já era hora!). Já teve o título de objeto mais valioso do mundo, avaliado na década de 60 em 100 milhões de dólares. Hoje ela tem valor inestimável.

Essa foto é impagável, depois de atravessar o mar de gente, com as pessoas se espremendo ávidas por um click e muitos excusez-moi depois,  tirei minha foto da Monalisa e me posicionei no lugar dela, só para ter a visão que ela tem todos os dias.

Uma pausa para o café, ou melhor, um vinho para fechar a viagem em grande estilo né. Destaque para a Notre Dame ao fundo.

Hora de partir...

Paris a Pé - 2º dia

Começamos o dia no lugar mais esperado: Torre Eiffel!

Lá fomos nós com o kit tênis, cachecol e câmera (ou não?) em mais um dia de caminhada!

No segundo dia optamos pelo roteiro Torre Eiffel, seguindo pelo rio Sena até o Louvre, passando pela passarela dos apaixonados onde há milhares de cadeados, Catedral de Notre Dame onde assisti a missa mais linda da minha vida, bairro de Madeleine e Galeria Laffayete e terminamos o dia em Montmartre, onde se encontra a Basílica do Sagrado Coração. 

Torre Eiffel

Tirando o imprevisto do Maurício ter esquecido a câmera assim que chegamos lá e teve que voltar no hotel enquanto pegamos a fila 5 vezes esperando ele, tudo certo.

Não sei se a torre é mais bonita dos pés ou do alto. São três andares, e os valores são diferentes para cada andar que deseja visitar. Do alto é que a gente consegue ver como a cidade é bem projetada, e todos os telhadinhos cinzas, vista linda.

De pensar que a torre foi construída para ser provisória hein! Gustave Eiffel a projetou e ela foi construída para ser o arco de entrada da Exposição Universal de 1889. Não foi demolida devido sua funcionalidade para transmissão de rádio com a antena que fora instalada depois. Foi a torre mais alta do mundo por 40 anos, e hoje recebe cerca de 7 milhões de visitantes por ano. 

A vista

 

 Montmartre visto da Torre

O arco do triunfo visto do alto

Do segundo (acima) e último andar (abaixo)

Elevador panorâmico, pra quem tem medo de altura

Jardim des Tulleries - Louvre

Em seguida fomos em direção ao Louvre seguindo pelas margens do Sena, mas decidimos não entrar pois iríamos perder o resto do dia, então deixamos a visita para o último dia.

O jardim que antecede o museu é imenso, com várias fontes e é uma ótima opção para um picnic ou para relaxar um pouco.

Enquanto um velhinho tirava a foto segurando na mão da estátua todo fofo, esses meninos...

Pont des Artes e 
Passarelle Léopold Sédar Senghor

Milhares de apaixonados (como eu), colocam cadeados com o nome do casal e jogam a chave no Rio Sena, jurando amor eterno. Dá pra ser mais romântico? 

  

Catedral de Notre Dame

Notre Dame em francês quer dizer Nossa Senhora, e assim foi construída em 1163 em homenagem à mãe de Cristo. A catedral fica em uma pequena "ilha" rodeada pelo rio Sena, Ile de la Cité. Tudo é encantador, o estilo gótico, os vitrais gigantes, as gárgulas e até uma noiva tirando fotos nesse cenário... Para nossa surpresa, estava acontecendo uma missa, que foi a mais linda que eu já vi na vida. A igreja estava lotada, um coral divino e som arrepiante de um órgão, daqueles bem grandes e antigos, que eu só tinha visto antes no musical do Fantasma da Ópera, rs.

Galerie Lafayette

Eu e a Sue estávamos super curiosas para ir à Lafayette, claro, paraíso das compras, mas chegando lá estava tão cheia e estávamos tão cansados, que desistimos de entrar. Se arrependimento matasse, só para compartilhar a vista dos cafés e restaurantes da cobertura. Fica pra próxima!

 fonte: site Galeria Lafayette

Montmarte - Basílica do Sagrado Coração (Sacré Cour)

Optamos por ir ao Montmarte no fim do dia, pois é o lugar mais afastado do circuito. Foi a melhor coisa que fizemos, pois por ser o ponto mais alto de Paris, a vista é maravilhosa, e vimos o pôr-do-sol seguido de uma lua cheia enorme e amarela. Meu Deus, parecia cena de filme! 

Subimos correndo as escadarias, pois tem muito vendedor ambulante inconveniente  e após conhecer a Basílica por dentro, fomos na rua de trás onde há uma vila muito charmosa com vários restaurantes, foi um dos lugares que mais gostei.

Detalhe da lua cheia ao fundo

Claro que para fechar a noite com chave de ouro, pedimos alguns dos pratos tradicionais franceses, Foie Gras, Escargots, Créme Brulée, Sopa de Cebola, acompanhados de um bom vinho. Posso morrer feliz e de barriga cheia.