Posso começar dizendo da minha expectativa por essa viagem. De todas as viagens que planejamos, essa era a que eu mais esperava. Talvez porque Paris é a cidade mais visitada do mundo, talvez porque 10 entre 10 pessoas sonham em visitar um dia, talvez porque sempre tive o sonho de ser pedida em casamento no alto da Torre Eiffel! hahahaha, Fernandinho vai me matar! Pois é minha gente, mais pra frente conto o que aconteceu...
Pra começar, pegamos o Eurostar a noite, e estávamos bem ansiosos também pois seria a nossa primeira vez. Compramos nossa viagem pela KGB Deals, que citei em um post anterior, e já estava tudo certo, ticket na mão, voucher do hotel, era só curtir a viagem! E em dois dias e meio dá pra aproveitar MUITA coisa! Mas deixou um gostinho de quero mais!
A nossa primeira impressão foi péssima!!!
A estação de metrô que entramos ao descer do Eurostar era horrível, velha, suja e cheia de gente mal encarada. Já era tarde, e a estação que tínhamos que descer já estava fechada, então tivemos que descer duas antes e pegar um táxi. E sem falar nenhuma palavra em francês lá fomos nós, achando que pegar um táxi seria a coisa mais fácil do mundo. Tentamos 5 táxis, nenhum falava inglês (claro, eles odeiam falar inglês), e quando eu mostrava o endereço todos saíam xingando e fechando a janela na nossa cara. Sem entender, e abismada com essa reação, entramos em um Hilton pra pedir ajuda para algum recepcionista. Já fui recepcionista de hotel e sei que iriam nos dar uma forcinha. Por sorte, ele era brasileiro, e foi super caloroso em nos ajudar a achar um táxi. Aliás esse menino era um caso a parte, falava 7 línguas e já tinha morado pelo mundo afora. Por fim, entendemos que a corrida era muito curta e nenhum taxista queria perder sua vez no ponto. Estávamos em 4 pessoas e eles só aceitaram nos levar ao hotel em dois táxis separados, e acabou nos cobrando 20 euros, sendo que o correto era 12.
Enfim, fiquei super frustrada com esse atendimento, que no geral na França achei péééssimo. Mas foi só dar de cara com a Torre Eiffel que minha primeira impressão mudou rapidinho.
Ao chegar no hotel qual foi minha surpresa quando era um Quality, da rede Choice Hotels. Eu trabalhei na Atlantica Hotel por 10 anos e em vários Quality, e fiquei super feliz pois não sabia qual hotel que a KGB reservava. Com certeza os Quality no Brasil são beeem melhores que os de fora, mas mesmo assim valeu. O hotel ficava em Nanterré, não em Paris, mas só 15 minutos de metrô e tinha uma estação bem próxima. Acaba sendo uma opção mais barata do que ficar no centro de Paris. Não sei o valor da diária pois o pacote da KGB foram incríveis 150 libras para 3 noites de hotel com café + Eurostar.
Depois de um café da manhã reforçado, partimos para a longa caminhada!
Nosso roteiro é sempre a pé, então temos que traçar os lugares mais próximos pra evitar andar demais, mas não teve jeito. Minhas sapatilhas e salto alto não saíram da mala, usei só o tênis os 3 dias.
Começamos o dia visitando Arco do Triunfo, que era 3 estações de Nanterré Ville, descemos toda a Champs-Elyseé, passamos em frente ao Petit Palais, onde estava acontecendo um evento de moda, Praça la Concorde, passando pela Ponte Alexandre III até chegar às margens do Rio Sena, onde caminhamos até a Torre Eiffel, pois queríamos vê-la iluminada a noite.
Roteiro Paris a Pé - 1º dia:
1. Arco do Triunfo
Começamos a desbravar Paris pelo Arco do Triunfo, que é símbolo do patriotismo francês.
Localizado na Praça Charles de Gaulle, o monumento representa as conquistas e glórias das batalhas do Primeiro Império Francês liderada por Napoleão Bonaparte. Iniciado construção em 1806 levou 30 anos para ser finalizada. O arco tornou-se ponto de partida e chegada das tropas napoleônicas, que passavam pelos arcos do triunfo.
Vale a visita ao topo, mas deixe para fazê-la antes de subir na torre Eiffel (senão perde toda a graça). Tem uma vista lindíssima da cidade, das 12 avenidas que se encontram no arco formando uma estrela, e a Torre reinando ao longe. O ticket custa 12 euros.
Ah, prepare as pernas, são 422 degraus até chegar ao topo.
2. Champs-Élysée
Do Arco descemos para a Champs, que é a principal avenida entre as outras 12.
Um bom passeio para ver as grifes famosas, vários restaurantes e cafés. Vale uma paradinha na Sephora e Laduree!
3. Praça La Concorde
É a maior praça de Paris e palco de importantes acontecimentos da história. Sinceramente não tem muito o que ver, o obelisco, uma fonte e tal. Mas foi uma boa parada para nos abastecer de crepe de Nutella antes de continuar a caminhada!
4. Grand Palais
É um centro de exposições. Fazem parte do mesmo conjunto arquitetônico o Grand Palais, Petit Palais e Ponte Alexandre III. Arquitetura é linda, você vê de vários pontos da cidade, e também da Torre Eiffel. Quando passamos, estava acontecendo nada menos que o Paris Fashion Week! Eu e a Sue quase morremos né. Enquanto nós ficamos ali um bom tempo só vendo os fashionistas passarem e imaginando todos os ícones da moda que estariam lá dentro, os meninos ficaram rindo das roupas estranhas.
5. Ponte Alexandre III
As pontes de Paris são lindas, mas esta surpreendeu, de longe a mais bonita de todas elas. Decoradas com lâmpadas no estilo art nouveau e querubins e cavalos alados dourados. Liga a Champs-Elysee ao Invalides, passando por cima do Rio Sena.
Não cheguei a ir no Hotel des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, que foi uma construção ordenada por Luis XIV para dar abrigo aos inválidos do seu exército. Hoje abriga vários museus e o túmulo de Napoleão Bonaparte.
6. Margens do Rio Sena
Entre um passeio e outro, optamos por lentas caminhadas nas margens do Rio Sena para admirar a vista da torre, os casais apaixonados e os incontáveis barcos passando.
7. Trocadero e Torre Eiffel
Depois de uma pausa para comprar um vinho, já à noite, decidimos ir à Torre Eiffel pelo Trocadero, que tem uma vista LINDA da torre. Assim que viramos a esquina, e dei de cara com a Torre lá, toda imponente, iluminada, brilhante, dei um grito! Ah, estou em Paris!
Depois de correr com as fotos, pois a bateria de todas as câmeras e celulares estava no fim, fomos até nos pés da torre pra beber um vinho (no gargalo, porque a gente é chique) e jogar conversa fora. Por volta das 23h30 corremos para não perder o metrô, pois não quero nunca mais depender de táxi em Paris.
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